Jovem perde vaga para engenharia da computação na UFES por não ser considerada parda por banca avaliadora
- Categoria: Geral
- Publicação: 05/03/2024 09:33
- Autor: G1

Filha de pai preto, Livian Malfará de Mesquita Dias, que estudou em escola pública de Ibaté, se inscreveu pelo sistema de cotas e viajou para Vitória para fazer entrevista presencial, mas universidade considerou que ela não possuía características do fenótipo negro.A jovem Livian Malfará de Mesquita Dias, de 18 anos, perdeu a vaga para engenharia da computação na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) por não ser considerada parda pela Comissão de Verificação de Autodeclaração que a entrevistou presencialmente. A universidade diz que não comenta o caso (veja posicionamento completo abaixo).
Livian, que fez todo o ensino médio em uma escola pública de Ibaté (SP), fez a inscrição no Sisu para a UFES pelo sistema de cotas, se autodeclarando parda. Ao ser convocada, enviou os documentos pedidos, inclusive fotos do rosto e de corpo inteiro e viajou para Vitória (ES) para fazer a entrevista presencial, mas banca universidade considerou que ela não possuía características do fenótipo negro.“A candidata teve sua autodeclaração invalidada, pois não foi identificado em seu fenótipo um conjunto de características que, isoladamente ou em conjunto, a identifique como pessoa negra”, disse o comunicado de indeferimento do pedido de vaga.
Ainda de acordo com a resposta da UFES ao pedido, “as características fenotípicas como: cor de pele, formato do rosto, espessura dos lábios e do nariz, quando combinados contradizem a percepção social da candidata como pessoa negra”.Livian é filha de pai negro e acredita que os entrevistadores desconsideraram todas as outras características e focaram principalmente na cor da pele.
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